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 Número 100
 
A Evolução do Áudio no Computador (3.ª Parte) 
Equipamentos e Cabos 
  Matias Eduardo 
Recciusmatias.reccius@gmail.com
 
        
 
Começando 
          A recomendação é que o audiófilo, 
iniciante com computador, comece simples. É possível começar com um notebook 
ou desktop PC  comuns, que você já possua, bastando instalar um programa como o
EAC, 
para gravar seus CDs no disco rígido, e um player gratuito, como o foobar, para 
tocar as músicas. Claro que sempre estamos falando de arquivos sem perdas (lossless), 
como flac, wav, ape, wv, alac, e nunca arquivos com perdas (lossy), como o 
mp3 ou aac. Pode-se usar a saída ótica do notebook ou a entrada 
USB do DAC, se ele 
tiver. Também é interessante aprender a comprar e baixar, da internet, álbuns em 
alta resolução, de sites como o HDTracks (fundado pela Chesky) ou 
Linn. Estando o 
básico funcionando e passadas algumas semanas se familiarizando com a nova 
fonte, aí sim, o audiófilo pode pesquisar e investir em um conversor USB-SPDIF 
melhor, players mais refinados, cabos de melhor qualidade, configurações 
avançadas no sistema operacional, um computador dedicado e customizado, etc. 
          
        
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Também é muito importante o audiófilo não 
desanimar cedo e/ou fazer julgamentos precoces do tipo “computador é pior do que 
CD”, ou “Windows é melhor do que Mac”, ou “FLAC é pior do que
WAV”, ou “SSD é 
melhor do que HD”, etc. A reprodução no computador é tão complexa, com tantas 
variáveis, que conclusões generalistas como estas, na verdade, podem ser 
precipitadas pois muitos 
fatores estão envolvidos.
 No final, o que vale é o prazer de sentar na 
poltrona e, com o click do mouse, curtir toda a sua coleção de músicas, em uma 
reprodução de alta fidelidade, explorando um novo mundo nesse hobby.
 
  
Ferramentas no Computador  
          Hoje é muito comum os DACs usarem upsampling 
internamente, para 24 bit e 192kHz, para diminuírem o jitter. Essa conversão 
de freqüência de amostragem (SRC da sigla em inglês) é feita por chips com um certo 
nível de precisão, porém também pode ser feita por software, com 
processamento de 64 bits de precisão, consumindo uma pequena fração do 
processamento do CPU. Recomendo a todos que façam o teste de habilitar
upsample 
para 24 bits e 96kHz ou até 192kHz, se o DAC aceitar.Outra ferramenta interessante, no 
computador, é a decodificação de HDCD (High Definition Compact Disc). O HDCD
foi uma tentativa, de nicho do 
mercado, para codificar os bit menos significativos do PCM (Pulse Code 
Modulation), para serem 
decodificados em mais bits de resolução em um CD. Ou seja, um CD de 16 bits e 
44kHz usava os últimos bits de cada amostragem para decodificar em até 20 bits 
e, com isso, ganhar maior resolução. Claro que, com o áudio no computador, o padrão 
de alta resolução é 24 bits e essa técnica não é mais necessária, mas muitos CDs 
foram prensados com essa técnica e a informação extra esta lá esperando para ser 
decodificada. Se o DAC não suportar essa tecnologia, agora é possível, por
plugins, o software  converter estes bits adicionais em um arquivo de alta 
resolução que o comporte. Assim, por exemplo, o player foobar, com este 
plugin, 
recebe um arquivo 16/44 e pode criar um outro arquivo 24/44 com os bits 
desconvertidos.
 
         Caso 
		haja dúvidas, a respeito de alguns termos técnicos, recomendamos consultar 
		o site: 
		http://en.wikipedia.org/wiki/Main_Page 
        
   
  
  
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