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					  Número 175
 
				 Mídia Gravada
				                
				Muito Além do que se Imagina... 2ª.Parte
 
				
				Fernando 
				Marquesfernandomarques@audiobrazil.com.br
 
 
				              
				Produção Musical e Engenharia de Áudio    
				 
				              
				Nesses artigos, vamos abordar as grandes confusões feitas entre os 
				papéis desempenhados por um produtor musical e por um engenheiro de 
				áudio no trabalho musical. Muitos se esquecem, mas as duas 
				figuras são tão importantes no trabalho como os próprios 
				artistas. Em muitos lugares do mundo, onde temos uma grande 
				valorização desses profissionais, eles são também considerados 
				artistas e grandes responsáveis, juntamente com o músico, pelo 
				desempenho do trabalho final.
 
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				Ferramentas Tecnológicas x Conhecimento e Talento.   
				
				  
				
				          
				Esclarecido os papeis desses profissionais, vamos entender melhor 
				porque o conhecimento e talento, tanto de um produtor musical, 
				como de um engenheiro de áudio, não são substituídos pelas 
				ferramentas tecnológicas encontradas nos dias atuais.Muito tenho ouvido falar que o famoso “ Pro Tools “ resolve 
				tudo, que o Auto Tuner e o Melodine fazem o artista cantar sem 
				precisar ter talento e, da forma que falam, parece que não se 
				precisa de nenhum conhecimento e sensibilidade musical para se 
				usar essas ferramentas. Deixo claro que é um erro enorme, por 
				parte dos leigos, pensar assim, mas o que é bem pior é o próprio 
				artista pensar dessa forma. Primeiramente, software não faz o som 
				ficar melhor. Há uma questão muito mal esclarecida quanto ao uso 
				do 
				software em uma produção. Na verdade, uma 
				falsa idéia tem sido passada de que determinado software resolve os problemas 
				encontrados. Obviamente, cada software possui uma particularidade 
				sonora, devido aos seus algoritmos diferentes, nos quais dá uma 
				ligeira diferença entre eles, mas nada que um possa ser 
				considerado melhor que o outro. Essa diferença de qualidade 
				digital só se faz com os hardwares, ou seja, a diferença do 
				sistema de hardware e não de software. Além de que, voltamos ao 
				velho dilema do analógico, no qual em produções profissionais se 
				faz muito presente aliado com o digital, porém nada se resolve 
				se não houver conhecimento envolvido no processo. A maior prova 
				disso é colocar um produtor e um engenheiro de som gabaritados 
				em uma pequena estrutura e perceber o resultado obtido. A 
				analogia que pode ser feita é como a de um piloto medíocre de 
				formula 1, no qual possui o melhor carro, mas não os melhores 
				resultados, e um grande piloto com um carro inferior que 
				consegue bons resultados com a máquina que tem.
 
 
				
				A Importância dos Primeiros Passos do Projeto. 
				
				          
				A primeira preocupação antes mesmo de gravar é como essa música 
				e esse som soa na mão dos músicos e como ele se projeta no meio 
				em que soa, portanto um bom profissional se preocupa 
				primeiramente com a qualidade da fonte sonora e com o som soando 
				no meio ( acústica ) ,  e como os problemas ocasionados podem 
				ser corrigidos ou usados a favor do resultado da obra, através 
				das ferramentas disponíveis para a melhor captação. Muito da 
				sensibilidade, talento e conhecimento desses profissionais 
				entram nesse processo inicial, a partir daí pode-se ter um 
				melhor esboço de como pode ser conduzido o trabalho. O começo 
				determina muito de como será o final do projeto, aliás os 
				cuidados devem ser tomados em todas as etapas da produção, mas 
				começar errado é já arruinar o trabalho todo, e a cada etapa 
				avançada os problemas iniciais tornam-se de magnitude cada vez 
				maior, inviabilizando o projeto quando se chega ao final, por 
				isso devemos fugir de problemas logo na fonte. 
				
				O Desenvolvimento e Finalização do Processo. 
				
				          
				Resumidamente podemos dizer que a partir de um bom começo temos 
				uma projeção de como soará o produto final, no processo de 
				mixagem podemos manipular de forma técnica e artística o que já 
				está bem direcionado, e usar conscientemente as ferramentas para 
				trabalhar a mixagem e faze-la soar com uma sonoridade 
				artisticamente agradável, quanto maior o cuidado inicial, menor 
				a limitação no trabalho de mixagem, já que  podemos ousar mais, 
				colocando os elementos em planos sônicos diferentes, formando um 
				melhor palco sonoro, fazendo assim o ouvinte definitivamente 
				entrar na música.O processo de finalização se dá com a masterização, onde 
				determinamos o padrão comercial das faixas, aliás é possível 
				elaborarmos  uma masterização artística,  respeitando a dinâmica 
				de cada música, porém criando uma textura homogênea entre elas.
 
				
				 Fernando 
				Marques é um dos proprietários e professores de Áudio e Produção 
				Musical na Audiobrazil Conheça os cursos 
				do Audiobrazil:  http://cursodeaudio.audiobrazil.com.br/
 
				  
				                   
				Até a próxima! Um abraço a todos! 
				                            
				  
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