
Número 451
 
Pura Paixão!
Equipamentos e Cabos
Flavio Adami
flavioadema@uol.com.br 
        
          
Robert Harley, jornalista 
americano da revista the absolute sound, uma das grandes autoridades no 
assunto de equipamentos, costuma dizer que high end é paixão. E ele se refere não apenas 
à paixão de quem compra, mas principalmente daqueles que os projetam e fabricam.
          A confusão com o termo 
high end, entre outros aspectos, decorre do fato de que, hoje, as tecnologias evoluem muito 
rapidamente e isso atiça o apetite do consumidor.
 
 
        
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 Para muitos, é algo impensável ter em casa um aparelho tecnicamente defasado e com menos recursos 
que os recém lançados. Na prática, isso vale muito mais para o 
segmento de vídeo, em que TVs, projetores e players ganham novas funções 
a cada momento. 
No áudio, esse processo é bem mais lento, inclusive no caso dos toca discos, que 
nos anos noventa andaram meio sumidos e, depois, retornaram com força total, mostrando sua 
superioridade no audio high end.
          
Para muitos, é algo impensável ter em casa um aparelho tecnicamente defasado e com menos recursos 
que os recém lançados. Na prática, isso vale muito mais para o 
segmento de vídeo, em que TVs, projetores e players ganham novas funções 
a cada momento. 
No áudio, esse processo é bem mais lento, inclusive no caso dos toca discos, que 
nos anos noventa andaram meio sumidos e, depois, retornaram com força total, mostrando sua 
superioridade no audio high end.
          O que identifica um 
equipamento high end, são: os componentes internos de alta performance; o 
baixo nível de distorção; os graves firmes e controlados, espalhando-se 
suavemente pelo ambiente; a reprodução homogênea e agradável de médios e agudos, 
sem cansaço auditivo; o preenchimento completo do ambiente, com abertura lateral dos sons, 
como numa sala de concertos; a emissão clara das notas musicais, junto a um palco sonoro; 
a separação dos instrumentos, permitindo ouvir cada um deles com maior nitidez; e, 
claro e óbvio, um tratamento acústico em que se possa ter todos esses detalhes 
com a máxima clareza.
          Eu diria que, no Brasil, o 
áudio high end anda mal das pernas. Devido ao preço exorbitante dos 
equipamentos, muitos distribuidores fecharam, basta ver que não temos mais uma 
revista física, ao contrário da Europa e Estados Unidos, com revistas como: a 
the
absolute sound e stereophile, AUDIO e stereoplay na Alemanha; Alta Fedeltá, na Italia; Diapason, 
na França; HIFI CRITIC, na Inglaterra; entre tantas outras.
          No Brasil, vivemos a era 
da música de consumo rápido, shows em estádios, com sons ensurdecedores, ou seja, 
dessa forma fica difícil surgirem novos audiófilos! Em São Paulo, por exemplo, 
temos a Sala São Paulo e o Theatro Municipal, com música numa acústica apropriada, 
sem microfones, onde se pode ter uma noção correta do instrumento, ao vivo, dentro 
do estilo clássico. Na década de setenta, o Municipal se prestava para 
apresentação de grandes bandas e todos outros estilos de jazz, o teatro 
Paramount, na Brigadeiro Luiz Antônio, com os shows do Fino da Bossa, onde 
microfone nem pensar e, desta forma, tínhamos um maior aprimoramento de nossos 
ouvidos.
 Locais como o Theatro Municipal e a Sala São Paulo poderiam abrigar artista 
famosos de jazz e outros gêneros, porém os ingressos teriam um preço 
impraticável!
          
Locais como o Theatro Municipal e a Sala São Paulo poderiam abrigar artista 
famosos de jazz e outros gêneros, porém os ingressos teriam um preço 
impraticável!
          Fica difícil afinar 
nossos ouvidos, sem uma referência de qualidade num ambiente com boa 
acústica. Entretanto, a paixão pelo áudio continua. Deu para perceber isso pelo 
nosso Curso de Avaliação Musical, onde os participantes mostraram uma grande 
vontade de acertar seus sistemas, para tentar chegar ao máximo de qualidade na 
reprodução, independente de referências.
          Um sistema de qualidade, 
montado numa sala de boas dimensões, com a acústica e elétrica devidamente 
tratadas, utilizando gravações de referência, passa, com muita clareza, aquela 
sensação de música ao vivo, num ambiente de pequenas dimensões, se comparado a 
uma sala de concerto, porém muito 
próximo da realidade, o que os bons ouvidos exigem e merecem! E não é necessário 
gastar uma fortuna para isto, pois a eletrônica, com exceção das caixas acústicas, 
é a de menor importância!
          
PS.: Com o grande sucesso dos workshops de Avaliação Musical, realizados neste 
início de ano, iremos oferecer mais um curso, que ocorrerá nos dias 10, 11 e 12 
de maio. Este próximo workshop lhes permitirá avaliar seu sistema de som e 
realizar correções técnicas, além de permitir, a cada participante, saber que 
tipo de ouvinte é: sintético ou analítico! Cada curso tem vaga apenas para 4 
participantes e a inscrição será por ordem de chegada. Vejam o
Audiophile News 438, para obterem maiores informações.  
          Aquele 
abraço!                                                                                
		
		
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