
Número 465
 
Legado de João
 
 
Músicos
Flavio Adami
flavioadema@uol.com.br
          
Recordo-me 
até hoje do dia quando, ainda criança, ganhei o disco do João Gilberto. Isso foi 
no ano de 1959! Era um compacto simples, de sete polegadas, com as músicas "Chega de Saudade", no 
lado A, e "Bim Bom", do lado B, que escutava assiduamente na minha vitrolinha 
portátil Phillips.
 
 
        
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 Apesar da minha tenra idade, a forma como 
ele cantava e tocava violão chamavam minha atenção. Após alguns anos, quando 
entrei para o conservatório, comecei a ter contato com aquela música, que 
praticamente modificou a forma como as pessoas escutavam a música brasileira.
  
       
 Apesar da minha tenra idade, a forma como 
ele cantava e tocava violão chamavam minha atenção. Após alguns anos, quando 
entrei para o conservatório, comecei a ter contato com aquela música, que 
praticamente modificou a forma como as pessoas escutavam a música brasileira.
          O 
seu marco inicial foi em 1957, quando um grupo realizou um show no clube Hebraica, no 
Rio de Janeiro, onde participavam Carlos Lyra, Ronaldo Bôscoli, Silvia Telles, 
Roberto Menescal e Luiz Eça, e era anunciado como um grupo bossa nova 
apresentando sambas modernos.
          A forma como o violão era 
tocado me encantou, pelo fato de que eram utilizadas harmonias sofisticadas do 
jazz, com um ritmo bem brasileiro que, segundo os especialistas, sintetizavam 
uma escola de samba onde o ritmo vinha da batida do tamborim.
          Quando estudei violão 
moderno, em meados dos anos sessenta, tudo era bossa nova. Chega de Saudade, 
Insensatez, Desafinado, Garota de Ipanema e Samba de Uma Nota Só eram as 
músicas mais executadas na época, e todos queriam aprender aquela batida que 
modificou a história da música brasileira.
          Aquela batida no violão, 
basicamente, tinha o ritmo criado por João Gilberto, entretanto a forma se 
modificava um pouco, dependendo de quem a  executava. Carlos Lyra tinha um 
estilo próprio, Roberto Menescal também, ou seja, havia variações, dentro daquela 
base rítmica, sem perder as raízes do ritmo original. O jeito suave de cantar de 
João Gilberto também foi visto como inovador.
          Para a revista Rolling 
Stone Brasil, João Gilberto foi um dos 30 maiores ícones brasileiros do violão e também o 
segundo maior artista brasileiro de todos os tempos, seguindo Tom Jobim, também 
músico e compositor, e arranjador dos maiores sucessos da carreira de João 
Gilberto.
 Desde o lançamento do compacto, que continha Chega de Saudade e Bim Bom, munido 
apenas da voz e violão, começou uma revolução na música mundial. Dono de uma 
sonoridade original e moderna, João levou a música popular brasileira ao mundo, 
cantando baixinho e afinado, e fez um enorme sucesso nos Estados Unidos, Europa e 
Japão. Tido como um dos músicos mais influentes no jazz americano do século 20, 
ganhou prêmios importantes como seis Grammy, em meio à Beatlemania, em 1962.
          
Desde o lançamento do compacto, que continha Chega de Saudade e Bim Bom, munido 
apenas da voz e violão, começou uma revolução na música mundial. Dono de uma 
sonoridade original e moderna, João levou a música popular brasileira ao mundo, 
cantando baixinho e afinado, e fez um enorme sucesso nos Estados Unidos, Europa e 
Japão. Tido como um dos músicos mais influentes no jazz americano do século 20, 
ganhou prêmios importantes como seis Grammy, em meio à Beatlemania, em 1962.
          Por incrível que pareça, 
no início da carreira, João Gilberto integrou o conjunto vocal Garotos da Lua, 
com um vozeirão estilo Orlando Silva, gravando dois discos de 78 rotações mas, 
por causa dos atrasos nos ensaios, foi banido do conjunto.
          Depois desse início 
turbulento, tudo foi só sucesso. Talvez o disco mais importante, na carreira de 
João, foi o LP Getz Gilberto, que tinha Astrud Gilberto, na voz, primeira mulher 
dele; João, também no vocal e violão; Tom Jobim, no piano; e Stan Getz no sax. Esse 
LP lhe deu o Grammy e vendeu mais que os Beatles no auge do sucesso.  Pode 
ser facilmente encontrado, em reedição e também original, e é um disco que deve 
fazer parte de toda discoteca dos apaixonados pela boa música brasileira!
          Esse grande gênio, com 
certeza, vai fazer falta no coração de todos nós! 
                                
          PS.: 
          1.Com o grande sucesso dos workshops de Avaliação Musical, realizados neste 
início de ano, iremos oferecer mais um curso, que ocorrerá nos dias 13, 14 e 15 
de setembro deste ano. Este próximo workshop lhes permitirá avaliar seu sistema de som e 
realizar correções técnicas, além de permitir, a cada participante, saber que 
tipo de ouvinte é: sintético ou analítico! Cada curso tem vaga apenas para 4 
participantes e a inscrição será por ordem de chegada. Acessem o
Audiophile News 438, para obterem maiores informações.
          
2.Estaremos também 
realizando um outro curso, organizado pelos participantes, nos dias 30 e 31 de agosto 
e 1° de setembro e este curso ainda tem uma vaga disponível.
          3.Abrimos o grupo do 
Audiophile News no WhatsApp. Caso deseje participar informe seu número e nome 
que teremos prazer em acrescentá-lo.  
          Aquele 
abraço!                                                                                
		
		
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