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  Número 28
 
 
	Equipamentos e Cabos                             
 Flávio 
Adami Magnetismo 
Fundamental Se não 
houvesse os campos magnéticos produzidos pelos diversos tipos de imãs, jamais o 
alto-falante convencional poderia existir. Eu falo dos falantes convencionais, 
porque nos sistemas eletrostáticos o princípio é bastante diferente e, numa 
próxima oportunidade, vou descrever com maiores detalhes o funcionamento desse 
sistema de sonoridade excelente, porém bastante controverso.
 O 
funcionamento de um alto-falante, de certa forma, é bastante simples. Existem dois 
campos magnéticos, ou seja, um fixo e um variável. O fixo é o próprio 
magnético (imã) e o variável é formado pela bobina móvel, que se movimenta de 
acordo com a intensidade dos pulsos elétricos e, sendo ela colada no gargalo do 
cone, transforma essa energia elétrica em informação musical. Os elementos que 
constituem um alto-falante são, basicamente, carcaça, bobina, cone, imã, entreferro 
e núcleo, no qual se situa a maior concentração magnética. A centragem, a qual 
chamamos popularmente de aranha (suspensão interna), e a borda (suspensão 
externa) são 
responsáveis pelo perfeito movimento pistão do sistema, onde a bobina tem que se 
movimentar sem nenhum tipo de atrito num micro espaço formado pelo entreferro e 
o núcleo.
 
 Existem 
alguns tipos principais de imãs utilizados pelos diversos tipos de alto-falantes. 
Nas décadas de 50 e 60, praticamente todas as caixas utilizavam magnéticos de alnico, constituídos de uma liga de alumínio, níquel, cobalto e ferro. 
Fabricados através de um processo de fundição, possuem uma boa resistência à 
corrosão. Podem ser utilizados até em altas temperaturas, mantendo uma 
excelente estabilidade e, ao mesmo tempo, um campo magnético de alta potência. 
Entretanto, são de peso e custo altos, motivo pelo qual deixaram praticamente de 
ser utilizados nos projetos atuais.
 Os 
magnéticos largamente utilizados pela indústria de alto-falantes são, sem dúvida, 
do 
tipo ferrite, também conhecidos como cerâmicos. Surgiram a partir de 1952. O 
processo de fabricação dos ferrites consiste na pulverização das matérias 
primas até a formação de micro cristais. Este composto é então prensado num 
certo 
formato sob a influência de um campo magnético orientado. São resistentes à 
corrosão, suportam temperaturas até 250° Celsius e são os que possuem menor 
custo, com uma ótima eficiência.
 Outro 
tipo de magnético largamente utilizado nos dias de hoje, principalmente em micro 
sistemas de fonte sonora, como aparelhos celulares, é o neodímio ou, 
mais especificamente, imã de terras raras. É um poderoso magnético, feito a 
partir de uma combinação de neodímio, ferro e boro. Embora muito poderoso, em 
comparação à sua massa, mecanicamente é frágil e perde seu 
magnetismo de modo irreversível em temperaturas acima de 120 graus. Equipa 
atualmente a grande maioria dos tweeters existentes no mercado, pelo fato 
de ser leve e poderoso. Hoje, algumas caixas já 
possuem todas as vias equipadas com magnéticos de neodímio.
 Nas 
caixas acústicas consideradas high end, imãs poderosos são 
fundamentais, para uma alta resolução sonora, porque são eles os magnéticos fixos 
responsáveis pelos transientes rápidos que tornam a reprodução sonora detalhada 
e fiel aos instrumentos originais.
 Boas audições! 
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