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					  Número 164
 
				 Equipamentos e Cabos
				  
				A Maior 
				Evolução 
				
				Flávio Adamiflavioadema@uol.com.br
 
 
				          
				Sem dúvida, dentre os elementos que constituem um sistema de 
				áudio, as caixas acústicas são os componentes de maior 
				importância, pelo fato de terem a difícil incumbência de 
				transformar os sinais elétricos em música e isso não é uma 
				tarefa nada fácil, haja vista que uma série de fatores na 
				concepção de um projeto, podem interferir no desempenho 
				acústico, que engloba não só as próprias caixas como também a 
				sala e o seu tratamento. 
				© 2010-2020 Jorge Bruno Fritz 
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				Nos anos cinqüenta, até meados da década de sessenta, a maioria 
				das caixas eram enormes, mesmo porque a maioria das salas 
				naquela época também eram grandes e os enormes woofers de 
				12" e 15", reinavam na maioria dos projetos da época. Eu me 
				recordo que as primeiras vitrolas que tive contato quando era 
				moleque, nem tweeters tinham. As vitrolas na época, 
				englobavam o toca discos, amplificador e caixa (mono) e todos 
				estes elemento vinham em apenas uma caixa. Algumas apenas usavam 
				enormes alto falantes com difusores no meio, que atingiam uma 
				resposta de freqüências que não passava dos 8 kHz que para a 
				época já estava muito bom. De certa forma esses projetos com enormes falantes e ausência de
				tweeters, era explicado pelo fato de que as gravações 
				daquela época também eram muito limitadas em termos de extensão 
				de agudos.
 
				 
				          
				A coisa começou a mudar mais precisamente em 1958, quando 
				começaram a surgir as primeiras gravações em estéreo. Embora 
				tenha havido uma revolução para a época, as caixas na maioria 
				utilizavam tweeters de cone, que pelo excesso de massa, 
				também limitavam a resposta apesar de um grande avanço em termos 
				de extensão de agudos.A partir do início dos anos sessenta, baseado no projeto de dois 
				gênios que foram Edgard Vilchur e Henry Kloos, 
				fundadores da Acoustic Research, os tweeters de domo 
				começaram a reinar nos projetos e estão aí até hoje equipando os 
				modernos projetos das atuais caixas acústicas.
 Acontece que paralelamente a tudo isso, a qualidade das 
				gravações, também evoluiu muito com microfones muito mais fiéis 
				e velozes. Os famosos Ampex, Studer (Revox) e Tascam (Teac), 
				reinavam no mundo analógico. Eu costumo dar como exemplo a 
				gravação Time Out de Dave Brubeck realizada em 1959, que 
				considero um marco histórico em termos de qualidade, que encanta 
				os ouvidos dos audíofilos até hoje apesar dos seus 54 anos de 
				existência, relançada em vinil ou mesmo remasterizada em cd.
 Hoje temos uma diversidade de projetos, onde os grande 
				woofers foram substituídos dois ou três menores onde se tem 
				mais velocidade. Tweeters utilizando domo de titânio, 
				berílio, diamante, riboon o
  u 
				mesmo soft dome, e alto falantes de médios também 
				utilizando materiais muito mais leves fazem o gosto 
				de cada audiófilo. Para aqueles mais saudosistas como é o meu caso, temos como 
				exemplo as JBL Everest, um conceito 
				antigo adaptado com modernas cornetas com diafragmas leves de 
				alta velocidade, fazem um sonho quase incomprável, apenas para 
				os mais abonados que possuam salas de grande porte.
 As tradicionais eletrostáticas, muito mais rápidas apesar de 
				algumas limitações principalmente quanto a eficiência, reinam 
				num mercado audiófilo também sofisticado para aqueles com 
				grandes salas, alimentadas por poderosos amplificadores.
 
				          
				Toda essa diversidade de projetos, no final tem a simples função 
				de reproduzir música, procurando a mais alta fidelidade 
				possível. Opções não faltam. Escolha aquela que mais se adapta 
				aos seus ouvidos e escute música com prazer. É isso que importa.                    
				                   
				Até a próxima! Um abraço a todos!   
				                               
      
 Bandejas Antirressonantes Bandstand 
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