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Número 294
A Música e o Coração
Psicoacústica
Flavio Adami
flavioadema@uol.com.br
A música faz bem à saúde do coração e proporciona alegria e bem estar. Que a
música faz bem ao corpo e à mente, todo mundo já sabe ou, pelo menos, já sentiu.
Veja em
Audiophile News 265,
Audiophile News 196,
e
Audiophile News 89.
© 2006-2016 Jorge Bruno Fritz Knirsch
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Você ouve um
acorde ali, outro acolá e, em poucos segundos, é tomado por emoções que acalmam e
o fazem viajar no tempo e relaxar. Eu, quando escuto alguma canção,
mesmo que tenha sido gravada há mais de quarenta anos, me transporto para
aquela época, tendo a sensação que estou vivendo aquele momento numa espécie de
viajem ao passado.
Você sabia que além de relaxar, alegrar e trazer à tona lembranças e
saudades, a música pode agir em nosso organismo curando doenças? Uma pesquisa
realizada pela escola de medicina da Universidade de Maryland, em Baltimore, nos
Estados Unidos, analisou 10 mil voluntários, aparentemente sem problemas de
saúde, incluindo fumantes.
Entre outras atividades, os cientistas pediram aos pacientes voluntários que
elegessem uma canção que lhes proporcionasse um sentimento de bem estar e outra que
lhes aumentasse a
ansiedade.
Após a pesquisa, os cientistas perceberam que os vasos sanguíneos dos braços dos
voluntários se dilataram em 26%, após ouvirem uma música alegre, enquanto que as
canções que lembravam tristeza e causavam ansiedade provocaram uma redução de
6% no fluxo sanguíneo. Por que isso acontece?
Quando escutamos música, nossos ouvidos transformam os sons em estímulos
elétricos, que chegam ao nosso cérebro, provocando o aumento da produção de
endorfina. Este hormônio, por sua vez, causa a sensação de bem estar e
relaxa o corpo, diminuindo os batimentos cardíacos e a pressão arterial.
Nosso organismo é dotado de uma identidade sonora, chamada ISO, que comanda
nossa percepção e produção dos sons. ISO, em musicoterapia, são os elementos
arquétipos sonoros ou musicais que vão se estabelecendo em um ser humano desde o
momento intra-uterino até a idade avançada. Quando há um desequilíbrio neste
sistema, a pessoa doente se sente menos motivada e mais triste e a música
consegue trazer de volta o equilíbrio que ela precisa.
Como funciona a identidade sonora? Todos nós nascemos dotados da capacidade de
produzir sons universais, como tossir, espirrar, estalar os dedos, dentre
outros, porém, através de nossa identidade sonora, produzimos estes sons de
maneiras distintas e somos capazes de identificar as diferenças. E isso acontece
com todos os outros sons produzidos, como batimentos cardíacos, pulsação, andar,
dentre outros.
Quando uma pessoa está doente, estes sons internos acabam saindo de seu ritmo
natural, que é harmônico, entrando em desequilíbrio e é nesse momento que a
música pode ser usada como tratamento. Através dela, a medicina consegue trazer de
volta este paciente para o seu equilíbrio rítmico e isso favorece a sua
recuperação.
Portanto, vamos ouvir muita música, de preferência de qualidade, dentro de um
volume sonoro razoável, que nosso corpo só tem a agradecer.
Boas audições
a todos!
Bandejas Antirressonantes Bandstand
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